Felicidade: entre o prazer imediato, o propósito e a segurança financeira
- Paiva Piovesan Softwares
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Atualizado: há 1 hora

A busca pela felicidade é uma constante na vida humana, atravessando culturas, idades e contextos históricos. Dois caminhos clássicos são frequentemente apontados: o prazer imediato (felicidade hedônica) e a realização com propósito (felicidade eudaimônica). Um terceiro pilar contemporâneo entra em cena: o bem-estar financeiro. Juntos, esses elementos formam um mosaico que nos ajuda a entender o que realmente importa.
O que (de fato) traz alegria aos adolescentes?
Segundo o artigo "What (Actually) Brings Teens Joy?", publicado no The New York Times, a felicidade dos jovens está menos ligada a consumos materiais e mais associada a experiências significativas:
Desconexão dos smartphones: 74% dos adolescentes se dizem mais tranquilos ou felizes quando estão longe dos celulares, ainda que poucos estabeleçam limites claros de uso.
Atividades presenciais e hobbies: Ler, praticar esportes ou simplesmente conviver com amigos promove uma sensação de bem-estar maior que o uso excessivo de telas.
Uso equilibrado das redes sociais: Ferramentas como o TikTok podem sim gerar alegria, desde que utilizadas de maneira consciente.
Conexão familiar: Refeições em família ou rituais domésticos reforçam um sentimento de segurança e pertencimento.
Esses dados sugerem que a felicidade, para os jovens, está nos vínculos reais e nas pequenas pausas digitais que permitem o florescimento da atenção e da presença.
Uma chave ancestral: propósito e valores
No artigo "An Ancient Key to Happiness" (NYT, 2025), duas tradições filosóficas da felicidade são revisitadas: a hedônica, focada no prazer e na fuga da dor, e a eudaimônica, centrada na construção de sentido, crescimento pessoal e contribuição para a coletividade.
A abordagem eudaimônica, embora exija mais esforço, oferece recompensas mais duradouras. A prática do voluntariado, o engajamento em causas e a manutenção de relações profundas são caminhos destacados para essa felicidade mais robusta e resiliente.
E o papel do dinheiro?
A pesquisa Raio-X do Investidor Brasileiro reforça que segurança financeira e planejamento são elementos centrais do bem-estar. Mesmo não mencionando diretamente o termo "felicidade", o estudo aponta que:
82% dos investidores brasileiros investem para garantir um futuro melhor — seja para a aposentadoria, para os filhos ou para emergências.
A educação financeira está em crescimento: 36% dos entrevistados afirmam se sentir mais confiantes ao lidar com investimentos, um avanço importante na construção de autonomia e tranquilidade.
O acesso à informação e à tecnologia (como aplicativos e plataformas de investimento) vem promovendo um sentimento de controle e segurança.
Nesse contexto, o dinheiro não aparece como um fim em si mesmo, mas como meio para garantir liberdade, segurança e qualidade de vida, pilares essenciais da felicidade duradoura.
Um equilíbrio possível
Combinar o prazer dos momentos presentes com a construção de uma vida significativa — e com estabilidade financeira — é o desafio da felicidade contemporânea. Desconectar das telas, cultivar relações reais, encontrar propósito nas ações e cuidar da saúde financeira parecem ser os caminhos mais promissores.
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