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Brasil na vanguarda da transição energética: o papel do Etanol


Brasil na vanguarda da transição energética: o papel do Etanol


Nesta edição da [2a.INVEST] tratamos das estratégias do Brasil para a transição energética promovendo a redução da emissão de gases do efeito estufa. Não resta dúvida que o Brasil está em uma jornada determinada para se tornar um protagonista na transição energética global, buscando soluções que sejam mais adequadas à sua realidade e estimulando investimentos industriais, principalmente no setor automotivo.


Recentemente, uma série de medidas foram tomadas pelo governo para impulsionar essa transição, com foco em combustíveis mais sustentáveis e na redução das emissões de carbono.


Uma das iniciativas mais significativas foi a aprovação do Projeto de Lei 528/2020, conhecido como Combustível do Futuro, pela Câmara dos Deputados em março deste ano. Este projeto estabelece políticas de baixo carbono nos combustíveis, aumentando a quantidade de etanol misturada à gasolina e de biodiesel ao diesel. Além disso, cria programas para promover o uso de diesel verde, biometano e combustível sustentável para aviação. O objetivo principal é colocar o Brasil na vanguarda da transição para uma economia de baixo carbono.


Um dos pontos-chave do projeto é o aumento da porcentagem mínima de etanol na gasolina, passando de 18% para 22%, e da porcentagem máxima, de 27,5% para 35%. Além disso, prevê-se um aumento gradual na mistura de biodiesel ao diesel, chegando a 20% em março de 2030. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) será responsável por avaliar a viabilidade dessas metas.


Outra medida importante é o Programa de Mobilidade Verde e Inovação, conhecido como Mover, enviado ao Congresso em regime de urgência. Este programa visa mobilizar investimentos significativos na indústria automotiva, com foco na adoção de tecnologias mais limpas e na descarbonização. Os incentivos fiscais, incluindo despesas em pesquisa e desenvolvimento, serão ampliados para impulsionar a inovação no setor.


O RenovaBio, instituído pela Lei nº 13.576/17, é outra peça fundamental nessa transição. Esta política visa ampliar a produção e o uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira, estabelecendo metas anuais de descarbonização para distribuidoras de combustíveis. O programa também promove a comercialização de Créditos de Descarbonização (CBIOs), incentivando a adoção de biocombustíveis.


Além dessas medidas, o Brasil também está investindo no Programa Fundo Clima, que visa apoiar projetos e empreendimentos relacionados à mitigação das mudanças climáticas. Com um orçamento de R$ 10,4 bilhões para 2024, o programa oferece juros fixos para diferentes modalidades, incluindo energia eólica, solar e recuperação de florestas.


O etanol desempenha um papel fundamental nessa transição energética. Desde a criação do Proálcool em 1975, o Brasil tem sido um líder global na produção e uso de etanol como combustível alternativo. Com uma produção anual de mais de 31 bilhões de litros, o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo. Além disso, o setor gera milhões de empregos e contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.


Entre 1975 e 2022, estima-se que houve uma substituição de 3,54 bilhões de barris de gasolina. Para se ter ideia, a preços atuais do petróleo, esse volume se traduz em cerca de US$ 319 bilhões. Ao ritmo atual, o Brasil deixa de consumir anualmente o equivalente a 164 milhões de barris de gasolina, cerca de US$ 15 bilhões.


Em grandes números, o Brasil tem 360 unidades de produção de açúcar e etanol que exportaram US$ 13,4 bilhões em 2023 (fora a economia de importação de derivados de petróleo), gerando US$ 40 bilhões (2% do PIB do Brasil) de receitas diretas. O país é, assim, o maior exportador mundial de açúcar (21% da produção mundial e 42% das exportações) e o 2º maior produtor de etanol do mundo (31,3 bilhões de litros, e destes 4,4 bilhões a partir do milho).


O setor gera mais de 700 mil empregos diretos e 2,1 milhões de indiretos, em toda a cadeia de produção. Em termos ambientais, a cana-de-açúcar ocupa 8,3 milhões de hectares (1,2% do território nacional), comparado a 177,0 milhões de hectares de áreas de pastagens, dos quais 28 milhões estão degradados, e destes 10,5 milhões degradados em condições severas (dados da Embrapa).


O etanol consumido no Brasil responde por 42% da energia utilizada por veículos leves e reduz em 90% a emissão de gases de efeito estufa. Estima-se que entre março de 2003 (quando do lançamento dos veículos flex no Brasil) e março de 2023, o etanol evitou que fossem lançadas 630 milhões de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera. Neutralizar isso demandaria o plantio de 4,5 bilhões de árvores em 20 anos.


Além desse efeito, a geração de bioeletricidade a partir de biomassa de cana em 2022 foi de 18,4 TWh, equivalente a 15,4% do consumo residencial de energia elétrica no país naquele ano (ou ¼ da energia elétrica produzida por Itaipu).


Ao investir em biocombustíveis como o etanol, o Brasil está não apenas reduzindo sua dependência de combustíveis fósseis, mas também promovendo o desenvolvimento econômico e sustentável. Com o apoio de políticas como o Combustível do Futuro e o RenovaBio, o Brasil está pavimentando o caminho para uma economia mais limpa e sustentável, onde o etanol desempenha um papel central na descarbonização do setor de transporte.


O Brasil conta hoje com uma frota de 37,5 milhões de veículos leves; destes 31,5 milhões são veículos flex; 190 mil são híbridos; 285 mil, movidos a etanol; e 42 mil são elétricos, além dos 5,4 milhões movidos a gasolina, incluindo modelos antigos e importados.


A alternativa dos Veículos Elétricos


No mercado de ações internacional, há uma narrativa clara: a mudança de paradigma na eletrificação de veículos. Muita gente ainda se lembra da bolha ponto.com e do tombo que isso causou na Nasdaq. Aliás, é na Nasdaq que se vê essa narrativa se desenrolando, com a Tesla como uma das principais protagonistas. Desde julho de 2023, suas ações caíram 40%, e desde novembro de 2021, desabaram 57%, enquanto os veículos elétricos chineses vão tomando espaço em todos os mercados.


Ações da Tesla 2021-2024

Tem havido uma desaceleração nas vendas, consequência dos problemas que esse tipo de veículo traz ao longo do tempo, além de manutenção complicada por falta de mecânicos e oficinas especializadas. A GM abandonou o Bolt, e a Ford adiou para 2027 (o prazo original era 2025) o lançamento de novos veículos.


Vendas Tesla x BYD

As vendas do Tesla caíram no 1T24 justificando a queda das suas ações e a desconfiança do mercado. Seu principal concorrente, a chinesa BYD, também viu as vendas caírem e sua política agressiva de preços fatalmente acarretará perda de margens, ou mesmo prejuízos para todo o setor.


Apesar dos avanços na eletrificação de veículos, evidenciados pelo crescimento da Tesla e de outros fabricantes de veículos elétricos, ainda persistem desafios significativos, como desaceleração nas vendas e questões relacionadas à infraestrutura e manutenção. Esses obstáculos destacam a importância de abordar a transição energética de forma abrangente, considerando diferentes tecnologias e soluções, como o etanol, para alcançar uma mobilidade mais sustentável.


Diante desse cenário, o Brasil está não apenas reduzindo sua dependência de combustíveis fósseis, mas também promovendo um desenvolvimento econômico mais equitativo e sustentável. Com o apoio de políticas governamentais e iniciativas do setor privado, o país está pavimentando o caminho para uma economia de baixo carbono, onde o etanol e outras fontes de energia renovável desempenham um papel central na construção de um futuro mais promissor e sustentável para todos.


Entenda o que é a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)


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