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Foto do escritorRodrigo Paiva

Investir no seu futuro: conheça a mais nova opção para a sua previdência, o Tesouro RendA+!

Atualizado: 7 de jun. de 2023




Hoje na [2a.INVEST] vamos apresentar uma nova alternativa de previdência, o Tesouro RendA+:


  • disponível desde janeiro deste ano;

  • o investimento é atrelado ao IPCA, índice de inflação oficial no Brasil;

  • existem oito opções de datas de conversão (quando o título passa a pagar renda mensal).

Um dos principais objetivos apontados por investidores ao fazer um investimento é ter uma aposentadoria onde se deseja segurança, estabilidade e conforto.


Os brasileiros hoje contam com a previdência por parte do governo (INSS), mas normalmente o valor recebido dificilmente será suficiente para cobrir, com conforto, as necessidades da fase de aposentadoria. Apesar de saber deste risco, cerca de 75% das pessoas não possuem previdência complementar, de acordo com pesquisa feita pelo Tesouro Nacional.


Tendo em vista esta demanda reprimida por alternativas de previdências complementares o Tesouro Direto lançou esta nova opção, de forma a facilitar este planejamento por parte dos investidores.


O que é o Tesouro RendA+?


O Tesouro RendA+ (NTN-B1) é o nome do novo título do Tesouro Direto, criado pelo Decreto 11.301/2022 e que está disponível desde o dia 30 de janeiro de 2023. O título tem uma estrutura que permite ao investidor obter uma simplificação no planejamento de sua aposentadoria. Assim, poderá complementar sua renda futura.


O foco do título é o longo prazo, podendo assim se beneficiar de uma taxa de retorno em geral mais atrativa. O Tesouro RendA+ é atrelado ao IPCA, o índice de inflação mais utilizado no Brasil. Desta forma, o investidor poderá manter o poder de compra ao longo do tempo, além de garantir retorno real (ficando com o título até a data de vencimento).


Como investir no Tesouro RendA+?


No Tesouro RendA+ você pode começar a investir a partir de R$ 30 por mês, ampliando o acesso para todas as pessoas a uma aposentadoria complementar.


No simulador, disponível no site do tesouro direto, você responde a três perguntas e já sabe qual o título mais apropriado para investir e realizar os aportes mensais.


Você preenche a sua idade, com quantos anos quer se aposentar e qual o valor ideal para sua renda extra no futuro. Se você já tiver recursos disponíveis e quiser começar a investir com um aporte inicial maior, também é possível. Isso facilita o alcance da sua renda extra.


O investimento nos títulos Tesouro RendA+ funciona da mesma maneira que outros títulos do Tesouro Direto. Ou seja, apenas pessoas físicas podem investir, seguindo o horário de funcionamento da plataforma (das 9h30 às 18h em dias úteis).


Há limite de compra, ou seja, no mínimo 1% do valor de cada título, limitado ao mínimo de R$ 30,00 e no máximo R$ 1 milhão por mês.


A liquidação dos resgates ocorre no mesmo dia para pedidos realizados até às 13h e no dia útil seguinte após este horário.


Qual a diferença do Tesouro RendA+ para os outros títulos já existentes?


Apesar de, em diversos aspectos, o novo título ser semelhante ao Tesouro IPCA+, existem diferenças importantes que o tornam ideal para a previdência:


Renda Futura

O investidor terá a disposição fluxo de 240 amortizações mensais (20 anos) a partir da data de conversão. Nos demais títulos a amortização acontece, de uma só vez, no vencimento.


Liquidez

É possível vender o título a qualquer momento (de acordo com as condições de mercado), mas apenas após o período de carência de 60 dias. O objetivo é incentivar a visão de longo prazo.


Data de Conversão

Ao escolher o título, o ano de referência será aquele da data de conversão do título e não de vencimento . Ex.: o Tesouro RendA+2030 inicia os pagamentos mensais em 2030, mas vence 20 anos depois, em 15/12/2049.


Opcões de Títulos

Serão, a princípio, oito títulos com intervalos de cinco anos entre eles, com os seguintes anos de conversão: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065.


Custo Zero

Os investidores que levarem os títulos Tesouro RendA+ até a data de vencimento terão isenção da Taxa de Custódia nos pagamentos mensais futuros.



Quais são as taxas praticadas no Tesouro RendA+ hoje?


Em 29/05/2023 as taxas variavam de IPCA+ 5,62% a 5,71% a.a., conforme demonstrado na figura abaixo:


Como funcionam as taxas e impostos do Tesouro RendA+?


Assim como os outros títulos do Tesouro Direto, o Tesouro RendA+ tem incidência de imposto de renda (IR), imposto sobre operações financeiras (IOF) e taxa de custódia da B3.


No caso do IR e IOF, nada muda: ambos seguem as mesmas tabelas regressivas:

​Imposto de Renda (IR)

Alíquotas

​Até 180 dias

22,5%

181 a 360 dias

20,0%

361 a 720 dias

17,5%

Acima de 720 dias

15,0%

Como o IOF incide nos 30 primeiros dias da aplicação e a carência mínima dos títulos é de 60 dias, não há o que se falar em pagamento de IOF, pois o resgate no período de carência não é possível.


Já no caso da taxa de custódia, existem diferenças para o novo título em relação aos já existentes. Sob a nova modalidade, válida apenas para o Tesouro RendA+, o “fato gerador” da taxa de custódia passa a ser o resgate (saída antecipada). Sendo assim, não haverá cobrança semestral (de 0,2% a.a.) sobre o saldo do título.


Além disso, para incentivar o viés de longo prazo do título, a taxa de custódia também passa a ser regressiva para o RendA+. Ou seja, quanto mais tempo o investidor fica com o título na carteira, menor é a taxa, podendo inclusive chegar a zero para quem mantiver o título até o final.


Taxa de Custódia - B3 Resgate Antecipado

​Prazo até a saída (em anos)

Taxa sobre o valor de resgate (a.a.)

De 0 a 10

0,50%

De 10 a 20

0,20%

Acima de 20

0,10%

No vencimento

0,00%

Após a data de conversão, quando se iniciam os pagamentos mensais, há cobrança de taxa sobre a renda mensal, de acordo com a regra abaixo:


Taxa de custódia - B3 Renda Mensal

Renda mensal

Taxa sobre a renda mensal (a.a.)

Até 6 salários mínimos

0,00%

Mais de 6 salários mínimos

0,10% sobre o excedente

Excedente: o que ultrapassa o valor de seis salários mínimos.


Quais são os riscos do Tesouro RendA+?


Os riscos são os mesmos de se investir em qualquer outro título do Tesouro Direto, sendo mais comparável aos títulos IPCA+:


  • Risco de crédito: também conhecido como risco de “calote”, é o risco de o governo brasileiro quebrar. Ou seja, é o menor risco dentre os emissores brasileiros.


  • Risco de mercado: é o risco de oscilações no preço do título antes do vencimento como resultado de variações nas condições de mercado. Quando o risco de mercado sobe (e, portanto, as taxas), o preço desvaloriza e vice-versa.

  • Quanto mais longo o título, maior sua sensibilidade a essas oscilações. Vale lembrar que o objetivo do título é a aposentadoria. Sendo assim, o foco do investidor deveria ser mantê-lo até o vencimento (mitigando o risco de mercado).


  • Risco de liquidez: e refere à facilidade para negociações do título no mercado secundário, no qual um título com poucos compradores potenciais pode ser desvalorizado no momento de uma cotação de venda. No caso de títulos do governo, o risco de liquidez é consideravelmente baixo.


O Tesouro RendA+ é melhor do que a previdência pública?


Dados do IBGE mostram que 46% dos brasileiros aposentados não acham o valor de sua aposentadoria suficiente para pagar contas e despesas pessoais. Ao mesmo tempo, 89% concordam que é muito importante investir para ter uma situação financeira confortável na aposentadoria.


O Tesouro RendA+ pode ser utilizado como uma nova alternativa para compor a previdência privada do investidor. Ou seja, apesar de ser baseada em títulos públicos, pode ser vista também como uma previdência privada, uma vez que é iniciativa do próprio investidor (diferentemente da previdência pública obrigatória a qual trabalhadores têm direito – o INSS).


Sendo assim, o Tesouro RendA+ deve ser visto como um complemento à previdência pública, e não um substituto.


O Tesouro RendA+ é melhor do que a previdência privada?


Conforme citado, o Tesouro RendA+ pode ser visto como uma forma de previdência privada. Se o compararmos com alternativas mais tradicionais, é possível citar algumas vantagens, como o baixo investimento mínimo, de cerca de R$ 30,00, a facilidade em realizar a aplicação, além de o risco ser conhecido e não haver taxa de administração.


No caso de fundos de previdência, há diversos tipos, com diferentes riscos e níveis de taxa de administração. Isto torna complexa a comparação direta entre as opções de maneira generalizada.




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