Fluxo de Caixa: razão para o seu sucesso!

Esta quarta-feira, 08/06/2022, representa um marco para nosso time, porque é dia do lançamento de mais uma série semanal de conteúdos, a [4ª DA GESTÃO], que abordará sobre o universo da gestão eficiente de micro e pequenas empresas, as MPE's.
A [4ª DA GESTÃO] tem como objetivo ajudar os micro e pequenos empreendedores a conquistarem seus objetivos e sonhos, oferecendo conhecimento sobre as melhores práticas e novidades na gestão. A série promete ser tão bem sucedida quanto à [2a. INVEST], publicada toda segunda-feira, oferecendo conhecimentos sobre investimentos.
E para a estreia, trataremos sobre um dos temas que melhor conhecemos: Gestão de Fluxo de Caixa. Sabe por que escolhemos falar sobre este assunto? Porque, ao longo de nossa história, percebemos que a gestão eficiente do fluxo de caixa é um dos segredos para o sucesso dos negócios e a saúde financeira nem sempre está refletida nos DRE's e outros demonstrativos contábeis.
Você sabia que muitos negócios contabilmente lucrativos acabam falindo justamente por erros na gestão de fluxo de caixa?
Todo planejamento financeiro e definição de estratégias de uma empresa deve se embasar no fluxo de caixa, passado e projetado, tendo em vista que a disponibilidade de recursos ao longo do tempo é preponderante para a tomada de decisões e definição de estratégias de compras, vendas, investimentos, crédito, ofertas e faturamento.
Uma empresa pode vender muito mais que gastar em um período, mas se os recebimentos ocorrerem a prazo e os pagamentos forem efetuados à vista, a conta vai ficar negativa, fechar no vermelho. E em algum momento esta indisponibilidade de recursos pode levar a empresa ao encerramento das atividades, por falta de liquidez.
Este é um dos erros mais comuns dos gestores, que podem gerar problemas de fluxo de caixa, gerando gastos, algumas vezes imprevistos com antecipação de crédito, empréstimos para capital de giro, juros e multas por atrasos em pagamentos, dentre outros.
Veja quais são os 7 erros mais comuns na gestão, que geram problemas no fluxo de caixa e que, somadas, podem levar as empresas à falência:
Descompasso entre pagamentos e recebimentos: Quando o desembolso ocorre antes dos recebimentos das vendas, os gestores precisam recorrer ao crédito (e algumas vezes paga caro por isso), para cobrir o saldo negativo e manter a liquidez do negócio.
Confundir gastos pessoais com os gastos do negócio: A confusão reduz a disponibilidade de recursos devido aos pagamentos de despesas pessoais do gestor.
Falta de planejamento: Empresas que não traçam seus objetivos e planejam o negócio, não conseguem antecipar gargalos e definir estratégias para solucioná-los, algumas vezes inviabilizando a atividade.
Ausência de controle: Gestores que não controlam rotineiramente suas movimentações de caixa e as atividades da empresa, não conseguem tomar decisões assertivas e ágeis, baseadas em fatos reais, para sanar possíveis desvios de rota.
Acúmulo de dívidas: As mais altas taxas de juros são pagas quando as empresas precisam recorrer a créditos de emergência. E quanto maior a dívida, maiores serão os juros a serem pagos, afinal, o dinheiro custa caro.
Inadimplência gerada por falta de análise de perfil de clientes: Quando não há garantias de recebimento, é sempre melhor evitar conceder crédito para os clientes, porque não podemos contar com recursos incertos para quitar compromissos assumidos e o resultado será o fluxo de caixa negativo.
Retiradas dos sócios incompatíveis com a situação financeira: É certo que os gestores devem ser remunerados pelo seu negócio, mas as retiradas precisam caber no orçamento. Mesmo que a empresa tenha lucro, o gestor deve retirar apenas uma parcela do valor positivo, considerando a disponibilidade de caixa. Parte do lucro deve ser reinvestido para que o negócio cresça e prospere e outra parcela deve ser reservado para quaisquer imprevistos.
Mas, afinal, o que é Fluxo de Caixa?
Fluxo de Caixa é uma poderosa ferramenta para a análise da saúde financeira das empresas, o mapeamento de todas as movimentações do dinheiro ao longo do tempo, isto é, a demonstração de saldos iniciais, entradas, saídas e saldos finais, por período ou seja, a disponibilidade de recursos no tempo. Podemos analisar o fluxo de caixa considerando várias medidas de tempo, como dias e semanas (curto prazo), meses (médio prazo) ou anos, biênios, décadas (longo prazo).
Para os gestores estratégicos, mais importante que analisar o fluxo de caixa passado, é a projeção do fluxo de caixa futuro, a curto, médio e longo prazos. Os resultados podem viabilizar ou inviabilizar um investimento, uma estratégia de crescimento da organização.
Para tanto, é preciso que todas as transações financeiras - passadas e futuras - sejam registradas sistematicamente, incluindo os provisionamentos e previsões definidos no orçamento, permitindo a verificação de disponibilidade de caixa, com antecedência. Assim, é possível projetar e simular, em períodos futuros, o resultado das entradas e as saídas de recursos, prevendo o saldo disponível. Saber com antecedência se teremos recursos de sobra ou em falta é fundamental para definir as ações a serem executadas pelos gestores, que terão mais tempo para pesquisar e escolher as melhores opções para o negócio.
Quanto antes conseguirmos detectar “furos”, menor será o prejuízo. Se conseguirmos prever que o fluxo de caixa ficará negativo, poderemos pesquisar as melhores opções de financiamentos ou empréstimos, com juros menores que os cobrados em situações de urgência e evitar o uso de cheque especial ou de ter que parcelar a fatura do cartão de crédito, instrumentos que cobram os maiores juros do mercado. Até mesmo as condições de recebimento e pagamento podem ser ajustadas e renegociadas para manter o fluxo de caixa positivo.
O mesmo vale para situações favoráveis, quando as entradas são superiores às saídas, proporcionando um saldo positivo em caixa. Ao antever este cenário positivo, o gestor pode avaliar as melhores possibilidades de investimentos disponíveis, que atendam à sua realidade (quanto ao retorno e ao tempo de disponibilidade destes recursos). Afinal, você perde dinheiro, ao deixá-lo parado.
Planejar é muito importante, mas de nada adianta ter um excelente planejamento, se não houver acompanhamento, monitoramento e revisão das estratégias para rápida adaptação do negócio aos diversos cenários do mercado.
Análises estratégicas, como o fluxo de caixa, permitem detectar desvios e definir ações pontuais para a retomada de direção, para que os objetivos principais sejam alcançados.
Como a tecnologia pode te ajudar em sua gestão de fluxo de caixa?
Para manter o fluxo de caixa sob controle, conforme citamos anteriormente, é necessário registrar, de alguma maneira, todas as transações financeiras e extrair informações valiosas destes registros. Em uma realidade empresarial, em que muitas transações acontecem no dia a dia, o uso de tecnologia, por meio de sistemas de gestão, como o NEXT Finance, facilita e automatiza os processos e análises, permitindo o acompanhando dos resultados em tempo real.
Ao avaliar o Fluxo de Caixa no formato de planilha, é possível identificar a origem e destino dos recursos, com poucos cliques:

Além de analisar as disponibilidades de recursos, ao longo do tempo, é muito importante conhecer a alocação dos valores pelos tipos ou categorias de receitas e despesas definidos em um Plano de Contas gerencial.
Com o registro e a classificação correta de todas as transações, é possível obter informações consolidadas quanto a determinados tipos de despesas que consomem uma parcela maior de recursos, avaliar melhor a distribuição do dinheiro e conhecer a dependência de uma determinada fonte de receitas.
Na análise gráfica do Fluxo de Caixa, muito utilizada na administração visível, fica claro o comportamento dos recursos ao longo do tempo. Se o gráfico avançar para o negativo, significa que temos problemas e, se estiver sempre positivo, significa que há disponibilidade financeira para investir:

E mais, ferramentas automatizadas permitem que você possa fazer a simulação e a construção de cenários.
Análises estratégicas permitem descobrir quanto temos, de onde vem e para onde vai o dinheiro!
Para simplificar o controle de seu fluxo de caixa, conheça o NEXT Finance! Teste gratuitamente, por 30 dias, em: nextfinance.com.br
Dica Final: Fluxo de Caixa X Tributação:
Para encerrar nosso primeiro artigo da [4ª DA GESTÃO], resolvemos dar uma dica valiosa, que está relacionada ao fluxo de caixa.
Você, empreendedor, já deve saber o quanto a tributação consome seus recursos e "come" uma boa parcela do seu faturamento. Assim, é fundamental o correto enquadramento fiscal, para minimizar os efeitos do pagamento de impostos em seu orçamento.
Para ajudar a adequar o pagamento de impostos ao fluxo de caixa, foi criada a instrução normativa IN/SRF 104 de 1998, que determina que:
Empresas optantes pelo SIMPLES Nacional ou tributadas como Lucro Presumido podem optar por pagar impostos pelo regime de caixa, ou seja, o pagamento do imposto ocorre após o recebimento do dinheiro e não quando a venda é realizada (regime de competência).
Assim, a empresa somente pagará impostos se, efetivamente, seus clientes quitarem seus compromissos. Se houve uma negociação de parcelamento, por exemplo, o pagamento do imposto também será parcelado.
Caso contrário, quando a tributação ocorre pelo regime de competência, o recolhimento do imposto é realizado no momento da venda ou faturamento, independentemente da condição de recebimento negociada. O desembolso do imposto pode ocorrer antes do recebimento, mesmo que o cliente não cumpra o compromisso e fique inadimplente.
Gostou do conteúdo? Leia todos os nossos posts no Blog.
Veja também:
Comments